Colesterol e triglicerídeos altos também atingem pessoas magras

Muita gente acredita que colesterol e triglicerídeos elevados são problemas restritos a quem está acima do peso. Mas essa ideia não corresponde à realidade: mesmo pessoas magras podem apresentar alterações graves nos níveis dessas gorduras no sangue.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 40% dos adultos brasileiros têm colesterol alto, embora apenas 12,5% recebam diagnóstico adequado (IBGE, Pesquisa Nacional de Saúde, 2023).

Por que colesterol e triglicerídeos altos preocupam?

Essas gorduras não ficam simplesmente “paradas” no organismo. Elas podem se acumular em órgãos e tecidos como:

✅ fígado, provocando esteatose hepática (fígado gorduroso)
✅ artérias, favorecendo aterosclerose, infarto e AVC
✅ pâncreas, aumentando o risco de pancreatite
✅ músculos, prejudicando a função metabólica

Níveis elevados de colesterol LDL (chamado de “ruim”) e de triglicerídeos estão diretamente relacionados ao aumento do risco de doenças cardiovasculares e ao desenvolvimento de diabetes tipo 2 (American Heart Association, 2023).

Estar magro não significa estar saudável

Estudos mostram que pessoas com peso dentro da faixa considerada normal podem, ainda assim, ter alterações no perfil lipídico, sobretudo se mantêm hábitos de vida pouco saudáveis (sedentarismo, alimentação rica em ultraprocessados, tabagismo). Esse quadro é conhecido como TOFI (Thin Outside, Fat Inside) — ou seja, magro por fora, mas com excesso de gordura visceral por dentro (European Heart Journal, 2022).

Como prevenir e controlar o colesterol alto?

A prevenção e o controle do colesterol e dos triglicerídeos passam obrigatoriamente por mudanças de estilo de vida, incluindo:

✅ Alimentação equilibrada, rica em fibras, vegetais, frutas e gorduras boas
✅ Atividade física regular
✅ Controle do estresse
✅ Monitoramento médico periódico e exames de sangue de rotina

Se necessário, o uso de medicamentos hipolipemiantes pode ser indicado por um profissional de saúde (Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2023).

Conclusão

Manter-se magro não garante saúde plena. É essencial cuidar do que não aparece, monitorando exames e adotando hábitos saudáveis para proteger seu coração e seu metabolismo. Compartilhe esta informação — ela pode ajudar muita gente a repensar a ideia de que “ser magro” é sinônimo de estar saudável.